Dia Internacional sem Dieta

Ao dia 6 de maio celebra-se o #NoDietDay (Dia Internacional sem Dieta). Este movimento começou com a senhora Mary Evans Young em 1992.

Celebra-se a importância da aceitação, da diversificação e respeito por todos os corpos, formas e tamanhos.

Cada vez mais existe uma pressão social, direta e indireta, sob a imagem corporal. É fundamental que uma vida saudável seja muito mais do que a forma de um corpo ou uma fotografia nas redes sociais. Promover a saúde, relações saudáveis com os alimentos e com a nossa imagem é fundamental.

Num estudo com jovens de 14 e 15 anos, fazer dieta foi o factor promotor de desenvolver uma perturbação do comportamento alimentar.

Golden, Schneider, & Wood, 2016

Por isso é que fazer dieta (no sentido restritivo da palavra) não é equilibrado. Uma dieta restritiva conduz a sentimentos de culpa, mau estar e isolamento social.

Para mim a receita para uma vida saudável tem quatro ingredientes: saúde mental, nutrição, atividade física e sono. Começa com o nosso bem-estar físico e emocional, tentar ter uma vida leve com uma boa gestão do stress. E para isso o sono é fundamental; e a atividade física funciona como uma bola antisstress. No meio de tudo isto estão sempre presentes os alimentos, a forma de termos energia física e mental.

Lembrem-se, um estilo de vida saudável é o caminho para uma vida saudável.

Todos merecemos viver uma vida cheia, repleta de prazeres e felicidade.



Como ter uma relação saudável com a alimentação?

A nossa relação com os alimentos depende de muitos fatores: a cultura, educação, saúde mental, acesso a alimentos…

Como mencionado anteriormente, uma rigidez alimentar pode conduzir a perturbações do comportamento alimentar. E é possível depois disso sentirmo-nos bem com os variados alimentos.


“RELAXED EATING”

É a capacidade de estarmos relaxados com o alimentação independentemente de factores sociais, emocionais e físicos. Ou seja, é saber ouvir o corpo, o apetite, as nossas necessidades e comer de acordo com isso.

Comer quando temos fome e parar quando estamos satisfeitos.

Claro que não somos máquinas e conseguimos sempre fazer isto, mas o importante não é haver remorsos quando se come.


“PREFERENCE OVER POSITION”

O nosso apetite e vontade de comer certos alimentos variam com muitos fatores e as emoções são um grande preditor.

Por isso quando se começa a fazer uma dieta muito específica rapidamente se pode transformar em algo rígido e não é isso que queremos com a alimentação. Comer de forma equilibrada e compreender que as preferências são isso mesmo e não inflexíveis.


BALANÇO

Como costumo dizer, tudo com moderação. Sabermos que a base da nossa alimentação será saudável para responder às nossas necessidades energéticas e de nutrientes, mas por outro lado também sabermos que existe espaço para outros alimentos que nos fazem bem à mente.

Comer por necessidade e comer por prazer.


FLEXIBILIDADE

Este parâmetro está relacionado com a ausência de regras sobre alimentos e hábitos alimentares. “Go with the flow” e aceitar que os desvios à nossa alimentação diária são normais e fazem parte da vida.

Categorizar os alimentos em bons ou maus não tem sentido nenhum, porque não existem alimentos maus, e não nos ajuda a construir uma relação saudável com os mesmos.

A flexibilidade também está relacionada com a quantidade de alimentos que comemos. Por vezes estamos num dia melhor e a nossa alimentação intuitiva e consciente está a funcional em pleno, existem outros dias que parece que não temos fundo ao saco. Isto não é causa de alarme, é mesmo assim. Existem estratégias que nos podem ajudar como a gestão de stress, fazer várias refeições ao longo do dia, não estar a trabalhar e a comer ao mesmo tempo…

Fontes: Kronberg, Sondra. The Comprehensive Learning/Teaching Handout Manual for Eating Disorders © 2001 Sondra Kronberg, MS, RD, CEDRD-S. Wellness Programs Publishing, 3rd Edition, 2016. 516-513-1284

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