7 dicas para uma alimentação sustentável
Hoje celebra-se o Dia Mundial do Ambiente e é bem sabido que a alimentação tem grande impacto ambiental.
Desde a produção até ao que que escolhemos para comer, passando pelo processamento dos alimentos, o tipo de embalagem, como são transportados para chegarem a nós, como os armazenamos em casa e ainda o quanto desperdiçamos. Já viram que todas estas etapas têm um impacto no ambiente?
Pois bem, todos os nós temos o dever de minimizar este impacto ambiental. E não é preciso uma grande ginástica, pequenas ações com grande impacto! E ainda promotoras de uma alimentação saudável, a cereja no topo do bolo.
Comam mais frutas e vegetais
Comer frutas e vegetais é o primeiro passo para promover saúde, ricos em vitaminas, minerais e antioxidantes, com muita fibra e água. Como costumo dizer em consulta é para “comer à balda!”. Não existem hortofrutícolas proibidos e devem ser incluídos ao longo do vosso dia alimentar.
Respeitar a sazonalidade
Os alimentos têm naturalmente épocas do ano em que são produzidos e devemos comprar de encontro a isso. Existem vários caléndarios de sazonalidade que podem consultar para estarem informados.
Mas o que acontece é que produzidos na época certa os alimentos precisam de menos custos de produção para crescer e também ficam mais em conta para nós enquanto consumidor final.
Compra local
Escolher a compra local, em vez de alimentos que venham do outro lado do planeta e acarretem maiores distâncias de transporte é um dos pilares da sustentabilidade. Para além disso, estão a contribuir para a economia local e de pequenos produtores.
Ainda nas compras ao utilizarem os vossos sacos de pano para comprar e transportar estes alimentos, em vez dos tradicionais sacos de plástico.
Podem também aderir a cabazes de frutas e legumes, de pequenos produtores normalmente e também amigos desperdício. Cá em casa subscrevemos o cabaz da equal food de frutas e legumes com formatos e tamanhos diferentes, que ao não poderem ir para o supermercado, são consumidos na mesma, evitando-se o desperdício.
Descascar mais e desembalar menos
Esta dica é a melhor para uma alimentação saudável. Se descascam mais quer dizer que comem mais frutas e legumes e se desembalam menos comem menos alimentos processados (normalmente mais ricos em gordura saturada, açúcar e sal).
Mas é também uma dica importante para a sustentabilidade porque se gera menos lixo. Por isso sempre que possível optem por comprar a vulso (normalmente mais em conta também) e utilizem as vossas embalagens e sacos para embalar e transportar.
Podem ainda optar por embalagens feitas com materiais recicláveis ou feitas a partir de materiais recicláveis.
Mais refeições veganas
Não se assustem que o intuito não é eliminar a proteína animal (mas se quiserem está tudo bem hehe).
No geral a produção de proteína animal (principalmente a vaca) requer mais recursos em comparação que a proteína vegetal, mas também depende de onde vem a proteína vegetal, isto porque se vier do outro lado do planeta mas o bife for de uma produção local será menos dispendioso para o ambiente.
Mas tudo isto para explicar que deve haver um equilíbrio de consumo da proteína animal vs vegetal, até por uma questão de saúde a longo prazo. As leguminosas (fonte de proteína vegetal) são ricas em fibra e menos gordura saturada (a que aumenta o colesterol e triglicerídios) em comparação com a animal. Por isso uma alimentação vegana está associada a menor risco de doenças cardiovasculares, sendo então um win-win para a saúde e para o ambiente.
Façam por variar e na vossa semana incluam mais refeições veganas.
Reduzir o desperdício
A forma como organizam as refeições em casa é logo o primeiro passo para reduzir o desperdício. Pensem assim: se definirem as refeições que querem cozinhar, de acordo com o que já têm em casa, não precisam de comprar em cima da hora (e também gastar mais). Mas também evitam que aquilo que têm em casa de estrague.
No seguimento disso, a forma como armazenam os alimentos também faz com que se possam estragar menos. E por fim, o que fazem com as sobras, se comem nos dias seguintes ou reinventam receitas, também deitam menos comida fora.
Mas depois desta lenga lenga, vamos ao que interessa com estratégias práticas:
Conferir o que já têm em casa e o prazo de validade.
Perceber que “consumir até” é diferente de “consumir de preferência antes de”.
Na despensa e frigorífico usar a estratégia FIFO (first in, first out) ou seja, os alimentos mais antigos são colocados na frente e usados em primeiro lugar.
Guardar as sobras no frigorífico ou congelador em doses individuais e num recipiente apropriado (caixa de vidro se possível).
Fazer compostagem ou adiram aos projetos de recolha de resíduos orgânicos.
Bebem água da torneira
Em Portugal (e na Europa também) a água da torneira cumpre os requisitos de qualidade e segurança. Claro que podem haver canalizações mais antigas e podem preferir beber água engarrafada, mas são situações pontuais.
Mas ao beberem água da torneira utilizam-se menos garrafas de plástico e por isso gera-se menos lixo. Podem e devem utilizar as vossas garrafas reutilizáveis e se tiverem de usar uma garrafa de plástico podem dar-lhe mais vida do que só uma utilização.
Queres saber qual a tua pegada ecológica? Vê neste link quantos planetas seriam precisos se todos vivessem como tu!